O Poder de cura da Meditação
- Semente Plantada

- 28 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de fev.
Como a meditação deixou de ser uma novidade da Nova Era para se transformar em um poderoso recurso de alívio do sofrimento no mundo moderno.

Em um ritmo cada vez mais intenso, várias pesquisas têm sido realizadas e trabalhos publicados com a associação entre meditação, ciência e medicina. Desde 1987, o Dalai Lama tem promovido diálogos anuais com destacados psicólogos, cientistas e filósofos com o intuito de que quanto mais os cientistas fossem capazes de examinar, avaliar e publicar os benefícios da meditação, maior seria o potencial dela para ajudar as pessoas.
Monges em estado de meditação foram analisados através de aparelhos de ressonância magnética funcional, que mostra a atividade cerebral por meio de detecção de mudanças de fluxo sanguíneo e também por eletroencefalogramas para medir mudanças de atividade elétrica nas profundezas de seu cérebro. O que pode ser constatado foi que através da meditação, esses monges eram capazes de exercer um extraordinário grau de controle sobre a própria atividade cerebral, gerando estados mentais que eram precisos, focados, poderosos e duradouros – mesmo com ruídos altos, que a maioria de nós consideraria perturbadores.
Outros experimentos foram realizados, com equipes de pesquisadores do mundo inteiro e meditadores não monásticos, utilizando-se de equipamentos científicos e técnicas de avaliação psicológica mais sofisticados. Uma das linhas de pesquisa foi investigar os efeitos da meditação sobre o cérebro e as emoções e como a meditação pode interferir em cada estágio do processo emocional e quais seriam os benefícios resultantes para nossa saúde física e mental, considerando que as emoções têm uma influência muito forte em nossa vida.
Uma análise dos resultados obtidos até então, resumidamente seria de que a meditação aumenta o bem-estar, a atenção plena, a empatia, a resiliência e a capacidade de lidar com as emoções. Também reduz os estados depressivos, a ansiedade e a neurose. Mais especificamente:
• A meditação reduz a atividade da amígdala, uma parte do cérebro associada ao medo e à ansiedade, e faz com que a amígdala tenha seu tamanho reduzido. • A meditação protege o córtex cerebral dos efeitos do envelhecimento e pode incitar a produção de telomerase, uma enzima que desempenha um papel crucial ao proteger as células do envelhecimento precoce, tendo sido associada à longevidade. • A meditação aumenta a nossa capacidade de executar tarefas que envolvam percepção de mínimas diferenças visuais e manter-se concentrado por longos períodos. • A meditação aumenta a atividade em partes do cérebro que tem sido associadas à depressão, transtornos de ansiedade, esquizofrenia e transtorno bipolar. • Os meditadores que exibiram altos níveis de atenção plena também apresentaram níveis mais baixos do hormônio cortisol, que é associado ao estresse e pode afetar de modo adverso a saúde física. • A meditação ocasiona mudanças estruturais em regiões do cérebro consideradas importantes para a regulação das emoções, a empatia e o processo de autorreferência. Pessoas que meditam intensamente expressam maior envolvimento e solidariedade quando veem outras sofrendo.
Fonte: Livro “O poder de cura da meditação” / Andy Fraser (org.)








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